Contexto
Olhando para os desafios a pequena e média empresa tradicional familiar, notamos a existência de um padrão de comportamentos e atitudes. Por mais que ela esteja avançando nos objetivos, esse padrão normalmente implica em menor desempenho, aumento de custos e riscos do negócio, que não são notados, nem tratados no momento adequado por falta de uma estrutura de Gestão & Governança apropriada.
Quando conversamos sobre estas questões com empresários, gestores e líderes empresariais, habitualmente escutamos: “São as dores do crescimento”.
Quando aprofundamos a conversa com outras pessoas da empresa através de entrevistas estruturadas ou bate papos informais, uma das dores mais sentidas e comentadas pelas pessoas é falta de organização. Isso se deve ao impacto que essas pessoas têm na sua rotina profissional e pessoal. Em muitos casos, essa dor vem acrescida de comentários como: “estou sem equilíbrio”, “não tenho tempo”, “estou fazendo o trabalho dos outros”, etc.
Essas empresas, ainda que operem no modelo tradicional (não são startups de tecnologia, por exemplo), representam cerca de 30% do PIB do país e são responsáveis por 80% dos empregos no gerados no Brasil, segundo pesquisas realizadas em 2019. Os desafios dessas companhias foram aumentados pelo COVID-19. Muitas tem propósito transformador, impacto social-ambiental e potencial de valorização, mas estão com dificuldades para se adaptarem ao novo contexto de mundo, arrumar a casa e continuar crescendo de forma sustentável.
Essa falta de organização ocorre em todos os níveis hierárquicos, na direção, gerência, coordenação e operação, mostrando em partes, as entranhas de uma cultura pouco adaptativa.
Papéis e Responsabilidades
Parte da falta de organização, está na ausência de formalização ou atualização de “quem faz o que na empresa”.
Devido a necessidade de crescimento para atingir metas de médio-longo prazo ou sobrevivência no curto prazo, atividades essenciais são deixadas de lado em detrimento a outras (dilema da priorização).
Outro ponto que também interfere na arrumação geral da empresa é a aceleração empresarial sem estratégia clara ou comunicação adequada às partes interessas.
A rotatividade de colaboradores também é crítico e impacta negativamente a estabilidade.
Definir, formalizar e atualizar com base no contexto, os papéis e responsabilidades das pessoas é fator chave para melhorar: Integração, Comunicação e Resultados.
Isso é parte relevante do trabalho de Gestão & Governaça.
POP – Procedimento Operacional Padrão (Padronização)
Outro ponto chave na gestão das empresas é a resistência à padronização das atividades, ou seja, “como fazer as atividades na empresa”.
Essa resistência muitas vezes é proveniente de paradigmas sobre “burocratização ISO 9001” ou falta de uma estrutura de gestão e revisão documental para acompanhar a velocidade das mudanças.
Essas questões são muito importantes e essenciais, precisam de solução, seria muito melhor que já estivessem resolvidas todas essas dores, pois, o mundo corre rápido com novas mentalidades, oportunidades, desafios transformacionais, disrrupção, tecnologia e inovação.
A Brasil Valuation entende a necessidade de cuidar das dores do crescimento dos negócios tradicionais, sustentando-os a fim de preparar empresas para a nova economia, onde parte desses desafios passam por questões essenciais, como: Papéis, Responsabilidades e Padronização.