Governança Corporativa: Princípios Básicos

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A governança corporativa sempre foi um fator chave para o sucesso e longevidade no mundo empresarial. Mas quais são os fatores para fazer uma boa governança?

Muito tem se falado sobre oportunidades e riscos!

Cada vez mais sobre a importância das empresas se preocuparem com as partes interessadas (stakeholders) como meio para sustentabilidade e crescimento.

Relação com as partes interessadas

Freeman (1984) define stakeholders como um grupo ou indivíduos que afetam e são afetados pela realização dos objetivos da empresa. Stakeholders incluem aqueles indivíduos, grupos e outras organizações que têm interesse nas ações de uma organização e habilidade para influenciá-la.

SAVAGE, et al., 1991

Segundo a Fundação Nacional da Qualidade – FNQ (2017), a gestão das partes interessadas facilita o mapeamento de riscos, o direcionamento de recursos, a criação de políticas e processos. Seus benefícios incluem:

  • Alinhamento de valores da gestão com os valores sociais;
  • Antecipação de ataques dos grupos de pressão;
  • Melhoria da reputação da organização;
  • Mapeamento de oportunidades.

São consideradas partes interessadas numa empresa os colaboradores, clientes, fornecedores, instituição, órgãos regulatórios, governo, acionistas, imprensa e formador de opinião.

Os princípios da governança

Todos esses stakeholders tem necessidades e expectativas, cabe a organização identificá-las e traduzi-las em requisitos de desempenho, aspectos legais e de produtividade. Porém, tudo será mais desafiador, se não houver a Confiança, que envolve e impacta todas as relações pessoais e organizacionais.

Para criar e preservar um clima de confiança tanto internamente quanto nas relações com terceiros, o Instituto Nacional de Governança Corporativa – IBGC em seu Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa, recomenda 4 princípios básicos:

Transparência

Consiste no desejo de disponibilizar para as partes interessadas as informações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas impostas por disposições de leis ou regulamentos. Não deve restringir-se ao desempenho econômico-financeiro, contemplando também os demais fatores (inclusive intangíveis) que norteiam a ação gerencial e que conduzem à preservação e à otimização do valor da organização.

Equidade

Caracteriza-se pelo tratamento justo e isonômico de todos os sócios e demais partes interessadas (stakeholders), levando em consideração seus direitos, deveres, necessidades, interesses e expectativas.

Prestação de Contas (accountability)

Os agentes de governança devem prestar contas de sua atuação de modo claro, conciso, compreensível e tempestivo, assumindo integralmente as consequências de seus atos e omissões e atuando com diligência e responsabilidade no âmbito dos seus papéis.

Responsabilidade Corporativa

Os agentes de governança devem zelar pela viabilidade econômico-financeira das organizações, reduzir as externalidades negativas de seus negócios e suas operações e aumentar as positivas, levando em consideração, no seu modelo de negócios, os diversos capitais (financeiro, manufaturado, intelectual, humano, social, ambiental, reputacional etc.) no curto, médio e longo prazos.

Não importa se sua empresa está trilhando os primeiros passos na governança corporativa ou se já está num nível mais avançado de maturidade, preservar esses princípios básicos será sempre um desafio na manutenção da boa relação com as partes interessadas, a fim de continuar a jornada de profissionalização e crescimento empresarial.

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