A empresa familiar
Empresas familiares compõem 90% dos empreendimentos no país, segundo o SEBRAE. No entanto, cerca de 70% destas não conseguem se manter quando seu fundador vem a falecer. Isso representa um desafio para os colaboradores da empresa, dado este período de calamidades e grandes incertezas. Serão explorados aqui alguns erros comuns na gestão familiar e as dificuldades da sucessão empresarial.
A gestão de uma companhia e de relações familiares é muito complexa. Ainda mais se não houver uma separação clara entre o que são questões familiares e o que são questões da empresa. Alguns dos principais desafios giram em torno disso: Estabelecer as responsabilidades e o comprometimento de parentes envolvidos, assim como reconhecer de forma realista como suas habilidades contribuem para os processos internos.
O ponto forte da empresa familiar são os laços de confiança e o engajamento. Porém, muitas vezes falta profissionalização e uma administração racional, baseada em dados. Estes pontos fracos se manifestam em erros comuns que podem levar o negócio à falência:
-tomada de decisões com base em intuição e emoções do momento;
-ausência de regras, que culmina em conflitos pessoais, interferindo no desempenho;
-poder centralizado, em oposição a uma hierarquia que agilize as tomadas de decisão;
-conservadorismo, que restringe o funcionamento a métodos ultrapassados, enquanto o mercado está em constante mudança.
Como lidar com esses problemas na prática?
É de suma importância identificar quais áreas demandam um conhecimento aprofundado, e procurar suprir a deficiência investindo em especializações, funcionários complementares, ou em consultoria empresarial. Especialmente, é necessário um olhar crítico sobre o controle financeiro: Perguntar onde e porque o dinheiro está sendo gasto nessa área e não naquela, se ele gera o retorno esperado, se o gasto é essencial ou não. O responsável por essa área deve ser altamente capacitado. Todos os funcionários, familiares ou não, devem ter salários definidos de acordo com o peso de seu cargo e sua capacitação, e não por preferências pessoais.
Estabeleça práticas de governança corporativa: Aproveite as especialidades de cada um para formar um conselho consultivo/administrativo. Este irá monitorar a organização e os resultados, designando regras voltadas para o reforço de relações profissionais e prevenção de conflitos interpessoais. Isso deve destacar que valores e ideais a empresa tem para si, e que responsabilidades são de cada um. A cultura organizacional deve ser pautada na razão, mas sem esquecer sua origem e sua ética.
Com isso em vista, o plano sucessório deve garantir tais práticas. A saída de um membro fundador deve dar lugar a alguém com preparo técnico, motivação e mérito para substituí-lo. O que é essencial para um possível sucessor é a capacidade de inovação e adaptação ao mercado, não a proximidade ao antigo gestor.
Eu preciso de ajuda?
Mesmo através de uma autoavaliação dos pontos em que a empresa familiar necessita de mudanças, muitas vezes somente isto não é o suficiente para que a mudança de fato ocorra. Por falta de Know-how ou experiência em gestão, o empresário se vê incapacitado para operar as mudanças necessárias para a profissionalizar a empresa.
Nesse sentido, recorrer a uma consultoria empresarial externa pode ser de grande utilidade. Empresários capacitados no mundo corporativo e com uma visão externa do negócio podem impulsionar e direcionar os caminhos das mudanças necessárias para a profissionalização do negócio.
Estes são apenas aspectos gerais dos desafios da gestão empresarial. Para um olhar especializado sobre como manter e otimizar seu negócio, procure uma consultoria empresarial!