24ª CEO Survey / PwC
As expectativas dos CEOs do Brasil e do mundo depois de um ano de pandemia são positivas.
Segundo pesquisa realizada pela Consultoria PwC em março 2021 com 5.050 líderes empresariais ouvidos em 100 países/territórios, em sua maioria, mais de 70% líderes de empresas de capital fechado, o otimismo generalizado com a economia é mais forte no Brasil.
“ 85% dos CEOs brasileiros acreditam que a economia global terá um desempenho melhor em 2021. Isso representa uma reversão da tendência apurada nas pesquisas anteriores.”
Quando perguntados sobre o desempenho de suas empresas, 53% dos CEOs brasileiros estão muito confiantes nas perspectivas de crescimento da receita nos próximos 12 meses. Para os próximos 3 anos, este percentual é de 67%. No mundo, esses percentuais são 36% e 47%, respectivamente.
Em relação à melhoria da rentabilidade, a expectativa para os próximos 12 meses também é otimista para 68% dos CEOs, contra 65% no mundo.
No mundo, as pandemias e outras crises sanitárias tonaram-se as maiores preocupações dos CEOs. No Brasil, ela assumiu a segunda posição. As incertezas em relação a política tributária, as ameaças cibernéticas e “misinformation” (desinformação) passaram a ganhar destaque no ranking no Brasil e no mundo, todas externalidades.
Diminuiu a preocupação com o excesso de regulação e a infraestrutura básica, mas há outras que ganharam espaço, como: mudanças climáticas, declínio no bem-estar da força de trabalho e disrupção da cadeia de abastecimento, são vistas como riscos maiores.
As ameaças consideradas no gerenciamento de riscos estratégicos pelos CEOs pesquisados são:
- Ameaças cibernéticas;
- Disponibilidade de competências essenciais;
- Distúrbios na cadeia de abastecimento e
- Mudanças climáticas e danos ambientais.
A pesquisa mostra ainda que CEOs brasileiros ampliam a crença em eficiência operacional, crescimento orgânico e novos produtos e serviços para impulsionar a expansão.
Outros pontos relevantes da pesquisa
- O otimismo sobre o futuro se reflete na expectativa de contratações;
- CEOs preveem mais obrigações tributárias em resposta ao endividamento de governos;
- CEOs apostam na automação para impulsionar produtividade e dão atenção a competências e adaptabilidade da força de trabalho;
- Brasileiros se voltam para grandes economias e reduzem aposta em países emergentes e América Latina;
- Transformação digital, liderança e desenvolvimento de talentos e segurança cibernética são focos de investimentos no Brasil;
- O percentual dos CEOs brasileiros que consideram as mudanças climáticas uma preocupação extrema mais que dobrou no último ano – passando de 14% em 2020 para 35% em 2021, porém, com baixa adesão do assunto no gerenciamento dos riscos estratégicos (32%, contra 40% os líderes globais);
- CEOs acreditam que suas empresas precisam fazer mais para medir e especialmente divulgar seu impacto ambiental – aspectos de inovação, estratégia de negócios e práticas envolvendo a força de trabalho também ganham destaque.
Apesar dos desafios apresentados, o otimismo com a economia brasileira pode ter suas razões fundamentadas em questões conhecidas que funcionam como alavancas de retomada:
- O Brasil é um país de dimensões continentais;
- O Brasil continua sendo um país repleto de ineficiências estruturais;
- O órgão regulador brasileiro está querendo/precisando fomentar mudanças e
- A transformação cultural acelerada pelo COVID-19 está intensificando a nova economia.
O compositor Antônio Carlos Jobim teceu a frase “O Brasil não é para principiantes”.
A Brasil Valuation, reconhece a pluralidade do Brasil, ou seja, um país que não pode ser rotulado de forma simplista e se apresenta de forma complexa e antagônica, ou seja, singular e, corrobora com o otimismo da pesquisa. Continuamos acreditando, trabalhando e seguindo em frente em nosso propósito de ajudar empreendedores/gestores a reduzir riscos e aumentar o valor dos seus negócios.