Gestão
“Tudo depende das circunstâncias em que a empresa se encontra. É como medicina – o tratamento depende das circunstâncias de cada paciente. Em gestão, não há nada que valha em todas as circunstâncias
(Clemente Nobrega ; A ciência da gestão – Marketing, Inovação, estratégia: um físico explica a gestão – a maior inovação do século XX – como uma ciência; 2004; 2ª edição).
Liderança
“Quando você se torna líder, o sucesso depende do crescimento dos outros”.
Jack Welch com Suzy Welch; Paixão por Vencer – A bíblia do sucesso; 2005; 15ª Reimpressão).
Desafios
As definições acima são de mestres da administração escritas há cerca de 15 anos, mesmo com os avanços tecnológicos e da humanidade, mostram-se atuais e condizentes com alguns dos desafios enfrentados pela média liderança das empresas – gerentes, coordenadores e supervisores, que são:
- Compreender o contexto e as circunstâncias;
- Reconhecer a importância do crescimento dos outros.
Num mundo acelerado, todos (clientes e fornecedores) tem “pressa”, isso faz o líder normalmente priorizar a agenda individual em detrimento a coletiva, sendo uma circunstância ou contexto que precisa ser compreendida.
Novas metodologias de gestão, como os OKRs (Objectives and Key Results) ajudam a definir metas e atingir objetivos, mas resultados virão se houver colaboração, integração e comunicação assertiva entre as pessoas, para isso, é preciso ter humildade e reconhecer que líderes crescem se os outros também crescerem.
Jim Collins (2006), no livro Good to great – Empresas feitas para vencer – Por que apenas algumas empresas brilham, diz:
“Executivo de Nível 5 – Constrói excelência duradoura, por meio de uma mistura paradoxal de humildade pessoal e força de vontade baseada no profissionalismo”.
Jim Collins
Os desafios são crescentes e o líder precisa equilibrar rotina e melhoria para atender essa “pressa” proveniente da circunstância ou contexto.
Modelo proposto
Para superar esses desafios, a padronização na comunicação facilita a colaboração, integração e resultados da média liderança – quem faz a roda girar nas empresas. Essa comunicação precisa considerar quesitos onde todos os líderes reflitam e se autoavaliem quanto a situação atual dos processos de sua responsabilidade e os impactos positivos e negativos nos outros. Para isso pode ser usado, por exemplo, o modelo dos indicadores de desempenho PQDCSM&I (Produtividade, Qualidade, Delivery, Custo, Segurança, Moral e Inovação).
A disciplina (liberdade com responsabilidade) é necessária pois garante análise das circunstâncias e contexto, promovendo acompanhamento, priorização, senso de urgência e ajustes rápidos. Reuniões diárias rápidas de aproximadamente 15 minutos entre os líderes, com objetivo de avaliar esses indicadores PQDCSM&I e realinhamentos constantes, funcionam muito bem.
Melhor ainda se puder ser feito através de gestão visual. Um quadro matricial com os indicadores PQDCSM&I na vertical e os Processos/Líderes na horizontal pode ser adotado. Os resultados das análises diárias de cada indicador por processo/líder são plotados neste quadro com os status: bom, regular e ruim e ações são anotadas com priorização, responsáveis e prazos. O objetivo é dar exposição e transparência para todos conhecerem a situação atual e as prioridades.
Aprendizado contínuo
Por fim, é importante reconhecer que a empresa é um ser vivo que está em constante mudança e adaptação, portanto, as circunstâncias ou contexto estão sempre sendo alterados e as necessidades/expectativas das pessoas também.
Arie de Geus (1998), no livro A empresa viva – como as organizações podem aprender a prosperar e se perpetuar, cita:
“Tudo que a empresa faz tem suas raízes em duas hipóteses principais: 1. A empresa é um ser vivo; 2. As decisões de tomada de ação desse ser vivo são resultado de um processo de aprendizado”.
Arie de Geus
A Brasil Valuation está em constante mudança a fim de capturar as tendências do mundo empresarial, mas atenta as questões essenciais da Gestão & Liderança para produzir resultados consistentes e baseados no contexto e circunstâncias.