Empresas familiares pós COVID-19: Quais as possíveis alternativas

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Contexto das empresas familiares no Brasil

Não é nenhum exagero dizermos que as empresas familiares são a força motriz da economia brasileira. Os dados não mentem, 90% das empresas no Brasil ainda são familiares e empregam 75% da força de trabalho do país, representando 65% do PIB total. Assim, esse cenário econômico brasileiro torna as empresas familiares a nossa base de sustentação para enfrentarmos as diversas crises que venhamos a passar na economia nacional.

Com essa pandemia mundial do COVID-19 é difícil não nos perguntarmos como as empresas familiares irão lidar com esse novo cenário econômico. Mesmo tendo tamanha expressividade tanto em quantidade como em composição do PIB nacional, as empresas familiares possuem diversos problemas de gestão interna , tornando-as frágeis a crises econômicas como esta que possivelmente está por vir . No entanto, antes de entendermos o que se deve fazer para garantir a sobrevivência das empresas familiares, vamos dar uma olhada no cenário mundial.

Quanto dinheiro os governos estão injetando em seus países para combater o coronavírus?

No ano passado, a economia americana estava se saindo bem: o Dow Jones atingiu recordes e o desemprego nos EUA atingiu 3,5%. Nos tempos habituais, seria altamente improvável que houvesse visto o maior pacote de estímulo do país apenas um ano depois. Mas o coronavírus trouxe circunstâncias inteiramente únicas à economia mundial, e os EUA, juntamente com outros países, responderam com programas econômicos massivos.

Empresas Familiares
Fonte: Howmuch.net
  • Os Estados Unidos Implementaram um pacote de estímulos de US$ 2 trilhões, o maior da história do pais
  • O Banco Central Europeu gastará mais de 1 trilhão de euros em títulos da zona do euro nos próximos nove meses
  • O Canadá garantiu US$ 2.000 por mês a indivíduos afetados pelo surto do COVID-19
  • A Austrália garantiu às empresas em dificuldades US$ 1.500 a cada duas semanas de funcionamento por funcionário.

Quanto esforço monetário será necessário para vencer o contágio econômico?

Segundo FMI (Fundo Monetário Internacional) o brasil ocupa a 4ª posição do ranking na relação entre seu PIB e a porcentagem investida para combater a pandemia. Deste modo, da saúde, é muito provável que não tenhamos tantas mortes por 100 mil habitantes como USA, Itália e Espanha, mas nosso outro desafio vai ser amenizar o contágio econômico para tentar salvar pequenas e médias empresas brasileiras que já são vulneráveis por natureza.

Os novos hábitos de consumo e a mobilidade do consumidor foram diretamente afetadas também por esse cenário de pandemia mundial, trazendo mudanças em seu relacionamento com as empresas. No entanto, além do dinheiro público que está sendo destinado ao combate ao COVID-19, a iniciativa privada também tem contribuído. Seja através de doação direta de verba para a compra de EPIS, ou a disponibilidade de serviços e produtos de forma diferenciadas, as empresas estão mudando a forma que se relacionam com seus clientes, direcionando os seus gastos para outras áreas.

O que as empresas familiares devem fazer?

Neste contexto tão incerto, nenhuma resposta trará a certeza que todos queremos. Diante disso, deve-se analisar as alternativas para o negócio:  venda total, parcial, fusão, dentre outras possibilidades. Analisar cada uma delas para encontrar a melhor alternativa pode ser um caminho interessante. Tantos anos de esforço e dedicação, jornadas, projetos e desafios podem o fazer pensar em seguir a diante de maneira diferente.

A passagem do controle de um negócio familiar é possível de várias maneiras. Algumas são mais simples e em menor tempo, permitindo que você trilhe seu novo caminho rapidamente. Já outras demandam sua presença na empresa por um período mais longo. Todavia, todas devem ser refletidas de forma cuidadosa, mas podem ser uma saída honrosa.

Vender parcial ou total ou fazer um joint venture pode ser muito interessante ao negócio trazendo:

  • Continuidade do negócio e legado familiar;
  • Injeção de capital na empresa;
  • Geração de novas oportunidades

Um dado importante que poderá lhe ajudar a decidir: 30% das empresas familiares no Brasil chegam à segunda geração, e somente 5% alcançam à terceira. Desta forma, adotar uma estratégia diferente pode representar a continuidade da história da empresa e uma nova trajetória para você. O início de uma nova vida, com os frutos de seu trabalho.

É certo que empresas familiares irão declarar falência ou serão afetadas de forma irreversíveis pela pandemia do COVID-19, todavia, com a ajuda de empresas experientes e uma boa visão do mercado brasileiro, esse cenário se tornara cada vez mais distante para aqueles que se preparam para as crises.

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